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Por Que Cabelos Crespos e Cacheados São Tão Brasileiros? A História e a Beleza das Texturas Naturais

  • Foto do escritor: Juliana Nogueira - Fotógrafa
    Juliana Nogueira - Fotógrafa
  • 17 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

O Brasil respira cultura afro-brasileira, e os cabelos crespos e cacheados sempre foram parte fundamental dessa expressão. Juninho reflete sobre como a música, o samba, o pagode e o rap, junto com a moda e a arte, influenciam as tendências de cabelos no salão. Ele compartilha histórias de como o Loes resgata essa brasilidade nos tons e nas técnicas, celebrando cada curvatura como uma forma de arte viva. O texto reforça a importância de valorizar nossas raízes e como o salão se inspira diariamente na beleza e força da cultura negra para criar transformações únicas.




Primeira gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados
Primeira gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados

O Brasil é o país da diversidade. Uma mistura de tons de pele, traços e cabelos que refletem a riqueza cultural do nosso povo. Mas, durante muito tempo, os cabelos crespos e cacheados foram invisibilizados e até renegados em nome de padrões de beleza importados. Hoje, com movimentos sociais e culturais mais fortes, essa realidade está mudando, e os cabelos naturais estão no centro dessa transformação.




Juninho Loes, referência no cuidado com cabelos crespos e cacheados, explica a importância cultural e histórica dessa valorização: “O Brasil é um país de maioria negra. Não faz sentido que a beleza mais presente nas nossas ruas seja tratada como exceção. O cabelo crespo e cacheado é tão brasileiro quanto o samba, a feijoada e as nossas cores. É parte da nossa identidade.”


Para Juninho, o processo de autovalorização dos cabelos naturais é mais do que estética. É sobre pertencimento. Durante décadas, o cabelo alisado foi a única opção apresentada para quem queria ser aceito. Hoje, a transição capilar e a valorização da textura natural representam um reencontro com as próprias origens. “Ver uma mulher com o cabelo crespo solto, volumoso e cheio de vida é ver uma história de resistência. É dizer: ‘Eu sou linda assim, do meu jeito.’”


Segunda gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados
Segunda gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados

Esse movimento também tem impacto econômico e social. “Quando você valoriza o cabelo natural, você valoriza toda uma cadeia de profissionais que entendem desse cabelo, que estudam, que criam produtos específicos e que atendem com respeito. Isso fortalece o mercado e gera oportunidades reais para a nossa comunidade.”


Juninho destaca que essa valorização tem outro ponto essencial: a educação. Profissionais precisam se preparar para atender com técnica e cuidado os cabelos crespos e cacheados. Foi esse olhar que levou Juninho a se tornar professor e a compartilhar suas técnicas em cursos, onde ensina não apenas a coloração e os cortes ideais, mas também o respeito pela curvatura natural do fio.


Além disso, o Loes Lab e a linha Tikkum Olam surgiram como respostas para uma lacuna no mercado. “A gente percebeu que faltavam produtos que realmente funcionassem para o nosso cabelo. E mais: que respeitassem a saúde do fio e mantivessem a identidade de cada textura. A Tikkum é uma solução pensada para quem quer cuidar do cabelo com amor e com resultados reais.”


Terceira gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados
Terceira gravação do Editorial #50tons, de brasil e possibilidades de coloração para cabelos crespos e cacheados

Hoje, o cabelo crespo e cacheado não é apenas uma tendência. É um símbolo de orgulho, de reconexão com as raízes e de beleza genuína. Para Juninho, essa mudança reflete um Brasil que está aprendendo a se enxergar. “Ser brasileiro é ser diverso. Não tem como falar de brasilidade sem falar das nossas texturas, das nossas cores, das nossas histórias. O cabelo é só uma parte, mas é uma parte que carrega muita coisa.”




No salão Loes, cada cliente é acolhido com essa visão. O atendimento vai além da estética: é sobre proporcionar uma experiência transformadora. “O que eu quero é que cada cliente que saia do Loes se olhe no espelho e sinta que está vendo o melhor de si. Porque, no fim das contas, é isso que importa: se enxergar, se reconhecer e se amar exatamente como você é.”

Juninho finaliza com uma frase que resume toda a essência do trabalho: “O cabelo natural é um ato de amor-próprio. É sobre olhar para você mesma e ver potência, beleza e história em cada fio. É o nosso jeito de dizer que a gente veio para ficar.”

 
 
 

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